BLOG SOB RESPONSABILIDADE DE ELTON SANTOS, POSTAGEM DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE CANGUÇU E REGIÃO

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Disciplina obrigatoria no ensino fundamental e médio já tem livro específico

Disciplina obrigatória no ensino fundamental e médio já tem livro específico(27/01/2009 - 10:39)
Chegou ao mercado o primeiro livro que contempla integralmente a Lei 11.645, em vigor desde março de 2008, que obriga a inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena como disciplina no currículo oficial das redes pública e particular de ensino. Trata-se de dois livros em um só volume: Sociedade em Construção - História e Cultura Afro-Brasileira - O negro na formação da Sociedade Brasileira e Sociedade em Construção - História e Cultura Indígena Brasileira - O índio na formação da Sociedade Brasileira, ambos de autoria do jornalista e sociólogo J. A. Tiradentes, em parceria com a mestre em Educação pela USP, Denise Rampazzo da Silva. A nova disciplina deverá ser ministrada em especial nas áreas de Educação Artística, Literatura e História, no ensino fundamental e médio, como foi estabelecido. "Nós escrevemos com a lei à nossa frente e sob consulta o tempo todo", disse Tiradentes. Segundo ele, os livros atendem a uma reivindicação do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. "Gil dizia que só a Fundação Palmares havia se preocupado em produzir conteúdos sobre o tema, tanto que o nosso livro tem o aval de Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura", afirmou.De acordo com a editora Direção Cultural, que comprou os direitos dos autores e é a responsável pela impressão e distribuição, a proposta de confeccionar dois livros em um único volume leva em consideração a redução do preço final, de armazenamento e de transporte, cuja economia permite vender dois livros pelo preço de um. Para Tiradentes, esse formato beneficia o planeta duplamente: primeiro, porque economiza milhares de árvores para a impressão de dois livros num só exemplar, já que reduz a quantidade de papel na capa. Em segundo lugar, porque o livro é impresso com papel reciclado. Dividida em 14 capítulos a edição segue rigorosamente o que estabelece a lei, quanto ao conteúdo programático. Eles tratam dos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir dos dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil. Também resgata a contribuição das etnias nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.A capacitação dos professores é feita por meio de recurso digital. Ou seja, através do método EAD - Ensino a Distância, tendo em vista a parceria firmada entre o editor e o Instituto de Tecnologia, Pesquisa, Gestão e Educação Virtual do Brasil (ITGVBR), que tem como associadas algumas das mais tradicionais instituições de ensino a distância do Brasil. Consulte o site
http://www.livroafrobrasileiro.com.br/ para outras informações. ConteúdoA parte afro-brasileira do volume tem 114 páginas e a indígena 71 páginas. A primeira é composta de oito capítulos e aborda temas como: O Continente Africano; A história da África e dos africanos; O contato entre o europeu e o africano e a chegada do negro ao Brasil; Escravidão no Brasil: formas e tipos diversos; A luta dos negros no Brasil, uma história de resistências; Abolicionismo, a luta pela liberdade; A cultura negra e a sua influência no Brasil e O negro na formação da sociedade nacional. Vinte dos principais grandes personagens afro-descendentes brasileiros são destacados nesta parte. Já o livro sobre os povos indígenas brasileiros está dividido em seis capítulos: A presença do homem no continente americano; O contato entre os europeus e os indígenas; Escambo e escravidão nos primeiros anos de colonização; Os índios do Brasil; A cultura indígena e a sua influência na formação da sociedade nacional e As contribuições dos povos indígenas ao Brasil e ao mundo.

BARACK OBAMA

ARTIGO: Barack Obama e o Brasil Zulu Araújo Presidente da Fundação Cultural Palmares / Ministério da Cultura
Brasília - Para além de todo proselitismo que cercou a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, constata-se, de fato, um enorme avanço na percepção da sociedade americana em relação ao combate ao racismo. Para um país que até recentemente praticava a discriminação racial de forma legal, eleger Barack Obama Presidente da República constituiu-se numa significativa revolução política e social. Mas é preciso olhar esse fato histórico de maneira um pouco mais acurada. Por um lado, o forte simbolismo que representa essa eleição. Maior potência do mundo, os Estados Unidos, além da força militar e econômica, são também influente no campo das idéias. Por isso, essa eleição representa recolocar na agenda política internacional, não apenas o sonho da igualdade racial, mas também o sonho e a esperança a serviço de um mundo multilateral, em que a autonomia e as diferenças entre os povos sejam respeitadas, onde o diálogo e o convencimento sejam as principais ferramentas de negociação entre as nações e não os mísseis, as invasões, as torturas e as guerras. Um mundo em que a Convenção da Proteção da Diversidade e das Expressões Culturais, aprovada pela Unesco, seja um instrumento real do reconhecimento das múltiplas formas de manifestações culturais, de tradições e de saberes dos povos, sem que tenham obrigatoriamente transformar-se em produtos ou mercadorias, como advogou os representantes norte-americanos quando da sua aprovação. Por outro lado, faz-se necessário destacar que este fato histórico representa o apogeu de uma luta que se iniciou há muito. País com tradição racial segregacionista recheada de intolerâncias e tragédias, os Estados Unidos foram palco de inúmeras lutas e experiências que influenciaram boa parte do mundo no trato da questão racial. Desde a coragem de Rosa Parks, aquela costureira negra, que, no dia 1º de dezembro de 1955, se recusou a ceder o seu lugar no ônibus a um branco, até a eleição de Barack Obama presidente, muita água rolou por baixo desta ponte. Ora de maneira trágica com os linchamentos, assassinatos e agressões perpetradas pela Ku Klux Kan e seus seguidores, ora com a reação de líderes como Martin Luther King e Malcom X e organizações como os Panteras Negras que mobilizaram milhões de pessoas nos Estados Unidos e no mundo contra esta iniqüidade que é o racismo. No meio de todos esses episódios tivemos casos hilariantes, como a decisão da Suprema Corte norte-americana que julgou pela inconstitucionalidade, de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional norte-americano que considerava livres os escravos que fossem desbravar o oeste daquele país, alegando que o Congresso não tinha poderes para banir a escravidão, mesmo em território federal, e que os negros não poderiam ser considerados cidadãos, pois não faziam parte do povo americano. Esse breve apanhado histórico serve para balizar a discussão decorrente da eleição do primeiro presidente negro da maior potência do mundo e suas conseqüências mais diretas para o Brasil. Serve também para entendermos melhor e cobrarmos mais ainda da elite brasileira, as razões pelas quais a enorme euforia demonstrada com a eleição de Obama, não se manifesta minimamente no apoio à luta dos afro-brasileiros por um tratamento igualitário em nossa sociedade. O Brasil precisa saber que a eleição de Barack Obama não foi fruto de nenhum milagre, nem muito menos da decisão dos homens de bem que comandam os Estados Unidos, mas sim de um poderoso movimento que ao longo de cinqüenta anos conseguiu sustentar a implementação de ações afirmativas que viabilizaram o acesso de milhões de afro-americanos ao ensino superior, assim como a ocupação de vários postos importantes de direção daquele país, tanto no setor público como no setor privado, a exemplo de Jesse Jackson, Colin Power, Condolezza Rice e tantos outros, independente de suas posições político-ideológicas. Infelizmente a superação plena das desigualdades raciais no Brasil, país líder da América Latina, ainda é um sonho a ser conquistado e uma das razões do adiamento deste sonho é a resistência recalcitrante de parte da nossa elite econômica, política e intelectual sobre a necessidade do Brasil adotar medidas efetivas de promoção da igualdade no campo racial. Mesmo com metade da população sendo afro-descendente, eleger um presidente negro no Brasil parece um sonho ainda muito distante. Pesquisa recente do jornal Folha de S. Paulo revela isso. Embora apenas 3% dos entrevistados tenham declarado abertamente seu preconceito, para 91%, os brancos têm preconceito de cor em relação ao negro. Apenas por esse dado constata-se o quanto de trabalho temos pela frente para vencer o racismo inercial existente no Brasil. Nem mesmo Deus sendo brasileiro, como muitos afirmam, conseguimos apagar as conseqüências dos 400 anos de escravidão que vivemos. Por isto mesmo, investir nas políticas de ações afirmativas para a promoção da igualdade em nosso país, não é uma opção, é uma obrigação. Mais ainda, não pode resumir-se exclusivamente em cotas para negros na universidade, embora a educação seja um fator fundamental para alterarmos nossa realidade excludente. E, para quem, ainda insiste em considerar privilégio essas ações, vale citar aqui a declaração lapidar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa de que as ações afirmativas é "favorável àqueles que historicamente foram marginalizados, de sorte a colocá-los em um nível de competição similar ao daqueles que historicamente se beneficiaram da sua exclusão". Simples, como água. Esperamos, pois, que a eleição de Barack Obama possa massagear os pontos sensíveis da sociedade brasileira e nos ajudar a revelar um outro Brasil. Um Brasil ungido pelo sentimento de fraternidade e igualdade a fim de produzir uma outra página na nossa história, com liberdade e democracia, e apagar de vez essa estrutura excludente e discriminatória com base na cor da pele, como querem alguns. Quem sabe assim, em breve, produziremos o nosso Obama?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Comunidades

neste sabado dia 31 de Janeiro, as 14 h no Passo do lourenço havera uma importante reunião da comunidade quilombola do lourenço, a diretoria da ong Ciem estara presente nesta reuniao.
A festa da comunidade remanescente de quilombos do potreiro Grande foi um sucesso, teve a participação de tres comunidades quilombolas, esteve presente a comunidade da solidez do iguatemi e do Passo do Lourenço.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Carnaval

Ficamos sabendo extra oficial, que Canguçu tera vinte e cinco mil, para o carnaval de 2009, ja que o carnaval tem a cultura negra como simbolo desta festa, poderia ser convidado a participar deste evento as comunidades remanescente de quilombos.

Retorno

A diretoria da ong Ciem, retorna aos trabalhos neste mês de fevereiro de 2009, e tera reunião no terceiro sabado, esta será uma reuniao super importante, pois estaremos projetando este ano de 2009, e também a espectativa e muito grande, para sabermos se vamos poder continuar a parceria com a prefeitura municipal, que alias e promesa de campanha, e esta no plano de governo para nova gestão. por outro lado intensificaremos nossa busca de projetos junto ao governo federal, mais precizamente junto ao ministro da igualdade racial, que e a grande referencia do povo negro

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Festa no Quilombo do potreiro Grande

CONVITE PARA FESTA


A comunidade Remanescente de Quilombos do Potreiro Grande convida o povo em geral para uma festa dia 18 de Janeiro de 2009 na residência de Arnoldo Soares no Potreiro Grande com inicio pela manhã churrasco por encomenda pelos fones 99565601 ou 99553137.
Premiação para os times vencedores.
Sonorização Discoteca Meteoro

Desde Já agradecemos à presença de todos.

COTAS

Nomes e Sobrenomes por MAURICIO PESTANA
O final de 2008 marcou a luta pela igualdade entre brancos e negros no
Maurício Pestana é presidente do Conselho Editorial da RAÇA BRASIL pestana.raca@escala.com.br
www.mauriciopestana.com.br
Brasil. A Câmara Federal aprovou lei que cria cotas nas universidades federais e escolas técnicas. Principal reivindicação dos movimentos negros na atualidade.histórico desta luta se caracterizou pelo posicionamento dos que sempre estiveram contra qualquer tipo de reparação em relação a nós negros, como os antigos donos de escravos, personificados nos dias atuais na bancada ruralista do Congresso.
Também se posicionaram contrários setores que antes se colocavam "neutros" e, em alguns momentos, até do nosso lado, caso da imprensa brasileira que, em bloco, durante o período das discussões, mostrou-se contrária às cotas. Para se ter uma idéia, na semana da aprovação na Câmara, os jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo trouxeram matérias questionando a medida, inclusive em editoriais.
Por último, intelectuais e políticos, que sempre utilizaram do nosso discurso e de nossa luta em projetos pessoais, na hora mais acirrada da luta se posicionaram avessos. Se por um lado foi triste, descobrirmos o tamanho e a força dos adversários, por outro, pela primeira vez em nossa história após a abolição, podemos identificar, por nomes e sobrenomes, os contrários aos avanços do negro no Brasil, como: Demétrio Magnoli, Ivone Maggie, Peter Fry e Ali Kamel e outros que assumiram publicamente suas posições, nomes estranhos para o palavreado brasileiro (certamente nenhum descendente de negros).
No parlamento, vários deputados como o condecorado com a medalha Zumbi dos Palmares, Paulo Renato (PSDB-SP), tiveram posições um tanto quanto decepcionantes. Ele foi o autor da mudança no texto que previa destinação de 50% das vagas no vestibular para alunos de escolas públicas, seguindo critérios de raça, ou seja, essas vagas seriam destinadas a estudantes negros, pardos e índios, de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, com base no Censo 2000. "O deputado introduziu o ingrediente de renda, que, além de desorganizar todo o texto, colocou um condicionante. Os critérios de renda e raça já estavam contemplados no meu projeto original" declarou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Decepção maior causou o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) partido que tem uma das organizações mais combativas do movimento negro, a UNEGRO. Aldo, no dia 20 de novembro, em entrevista ao Jornal Nacional, utilizou o argumento preferido das elites contrárias às cotas ao dizer que "o problema só irá se resolver quando melhorar a qualidade da escola pública". Enquanto isso, esperemos fora das universidades por, quem sabe, mais 120 anos!
Aprovadas ou não - uma vez que o projeto se encontra no Senado - as cotas no Brasil já deixaram o legado que foi obrigar setores e pessoas, que antes se escondiam atrás da falsa democracia racial brasileira, a se expor. Em um país onde pesquisas demonstram que 91% da população apontam a existência do racismo e quase a mesma parcela declara que nunca discriminou, esses posicionamentos podem ser encarados como um avanço na luta contra um adversário antes invisível.
Enquanto isso, a sociedade, muito mais rápida que o Congresso, vai avançando. Hoje, no Brasil, mais de 70 universidades já contam com programas de Ação Afirmativa, várias empresas, inclusive do setor bancário e multinacionais, apostam nessas ações, todas as pesquisas apontam que a maioria do povo brasileiro é a favor das cotas, talvez porque este mesmo povo saiba que as elites no país podem não ser negras, mas a maioria da população é mesmo afro-descendente.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

IVONETE CARVALHO

A ong Ciem, recebeu email da Sr Ivonete carvalho Diretora de programas da SUBCOM/SEPPIR/do Ministerio de Igualdade Racial.

Obrigado! Desejo a todo(a)s muita paz e perseverança em 2009!! Para continuarmos nesta luta por uma sociedade mais justa, mais igualitária e inclusiva do Povo Negro.
Abaixo simplesmente uma reflexão:
Um grande Asè!!
Ivonete Carvalho
Diretora de Programas da SUBCOM/SEPPIR/PR