BLOG SOB RESPONSABILIDADE DE ELTON SANTOS, POSTAGEM DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE CANGUÇU E REGIÃO

sábado, 1 de dezembro de 2012

entrega do cartão emergencial

Foto: entrega do cartão estiagem, no quilombo do cerro da boneca

•Encontro de Comunidades Quilombolas em POA

  • Encontro de Comunidades Quilombolas em POA

    Posted: 2012-11-28 13:09:19 UTC-02:00
    As comunidades Quilombolas do município de Canguçu, juntamente com as lideranças Tatiana Schug e Maica Tainara, estiveram presente na semana da Consciência Negra com o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES), no Palácio Piratini, juntamente com o Governador Tarso Genro e a Ministra da Igualdade Racial Luiza Bairros e Secretários do Governo. Sendo assim abriu-se oportunidades de diálogos entre o governo, quilombolas e sociedade em geral, onde cada entidade revindicou suas demandas.
    O encontro ocorreu no dia 23 de Novembro.
    Comunidades quilombolas presentes: Iguatemi, Favila, Potreiro Grande, Armada, Passo Lourenço e Cerro da Boneca

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Valdeci Oliveira* | PT.

Durante aproximadamente 300 anos, ser negro no Brasil significou oficialmente ser condenado - sem direito à defesa - à subjugação, à opressão e a um conjunto permanente de violências morais, físicas e psicológicas. Pelo regime escravocrata, que vigorou no país entre o período colonial e o final do Império, o povo negro foi transformado legalmente em propriedade privada dos grandes fazendeiros do país e eram obrigados a morar confinados em alojamentos rústicos. Nas senzalas, os negros dormiam diretamente no chão ou sob palhas. Eles só podiam sair dali para duas atividades: trabalhar ou apanhar. Apanhar de chicote aliás era algo tão rotineiro como trabalhar para eles. Em frente a cada senzala, havia um tronco, o simbólico pelourinho, que era utilizado para amarrar os escravos e surrá-los diante da constatação, pelos senhores de engenho, de qualquer discordância ou desobediência. Para exemplar o coletivo, os açoites ocorriam diante dos olhos de todos os demais trabalhadores negros da comunidade, que não tinham direito nenhum a não ser trabalhar em jornadas desumanas sem reclamar. O líder negro Zumbi, que ousou liderar uma rebelião contra a barbárie, foi perseguido, assassinado no dia 20 de novembro de 1695 e teve a sua cabeça exposta em praça pública como sinal de terror.
É dolorido, é revoltante, mas é imperioso resgatar que esta cruel realidade correspondia ao dia a dia do povo negro no Brasil nos idos dos anos 1600, 1700 e 1800. No nosso Brasil, na nossa terra. A saudada abolição da escravatura, ocorrida com a assinatura da Lei Áurea em 1888 pela Princesa Isabel, só resolveu em parte a estigmatização dos negros brasileiros. Pra ser condizente com a realidade dos fatos, a Lei Áurea acabou com a escravidão de fato, mas não com a escravidão moderna, que de forma subliminar, indireta ou “às sombras” subjuga os afrodescendentes até os dias atuais. Por termos passado por três séculos de escravidão oficial e tantas outras décadas de opressão informal, é que hoje, mesmo com o começar de diversas políticas de igualdade e de ações afirmativas, como o transformador Programa Universidade para Todos (ProUni) - que reserva cotas para estudantes negros e indígenas -, ainda vislumbramos um número inferior ao ideal de negros nas escolas, nas universidades e no mercado de trabalho. Para revertemos de vez este quadro, que gradualmente vem mudando para melhor, é que anualmente comemoramos com vigor a Semana da Consciência Negra, que neste ano foi encerrada na última terça-feira. As atividades da semana em todo país, além de resgatar a trajetória de resistência dos negros no Brasil, reforçam aquilo que o preconceito arraigado em alguns ainda impede de ser observado: as políticas afirmativas, implantadas há pouco tempo no país, mas já responsáveis por resultados positivos, fazem bem para o conjunto da sociedade e não só para os negros. Que país ou nação vai se desenvolver de forma global mantendo excluída a maior parte do seu povo, que é justamente o povo negro? Que país vai ter uma educação melhor marginalizando o acesso da maior parte do seu povo às escolas, aos cursos técnicos e universidades? A segregação e o apartheid, mesmo que não institucionalizados como na África do Sul, jamais enriquecerão um povo seja moralmente, seja materialmente.
Portanto, todo apoio às cotas e as políticas afirmativas e de inclusão e igualdade social. Saímos do tempo da chibata e do pelourinho e chegamos à época do ProUni, mas ainda temos muitas ações para fazer e muitos preconceitos a quebrar até conquistarmos uma sociedade que não valore seres humanos por serem brancos, negros ou pardos. Assim como Martin Luther King sonhou, todos temos que sonhar e buscar ver nossos filhos julgados por sua personalidade e não pela cor da sua pele.
*deputado estadual
 
FONTE: Canguçu em foco
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

VITÓRIA


A Câmara Municipal de Vereadores de Canguçu-RS aprovou, por unanimidade, a Mensagem Legislativa
n°055 - de autoria do vereador Ubiratan Rodrigues (PP) - que dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra.
O plenário esteve lotado de representantes de comunidades remanescentes de quilombos do interior do município. Segundo o autor da proposta, o município de Canguçu é o que tem maior número de comunidades quilombolas reconhecidas "São 13 no total o que demonstra a força e grandeza deste movimento no município", disse. O Conselho buscará soluções e alternativas de políticas públicas para os grupos.
Fotos: Augusto Pinz
Também na sessão o senhor Idilson Ferreira fez uma manifestação defendendo a manutenção do Feriado do Dia da Consciência Negra - 20 de Novembro - que tem gerado polêmica principalmente entre comerciantes do município. "É uma conquista o feriado em homenagem a Zumbi e ao povo e deve ser mantido", comentou. Autor da proposta que criou o feriado o vereador Wendel Vilela (PTB) defende a manutenção do feriado. "Porque só o da Consciência Negra é debatido e querem extinguir? e os outros ninguém fala nada? parece que não existem mais feriados, só esse!", fala.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Entrevista para o Blog Canguçu Online

Defensor do feriado da Consciência Negra afirma que, assim como os pomeranos possuem feriados municipais, os negros também possuem este direito
O Dia da Consciência Negra, que será comemorado na próxima terça-feira (20), é comemorado com feriado em Canguçu desde 2010. Apontado pelo comércio local como mais um dia de portas fechadas e prejuízos financeiros, a data é vista com orgulho pelos negros.
Elton Santos, um dos fundadores da ONG Centro de Integração das Entidades da Metade Sul (Ciem), defende a manutenção do feriado e é claro ao ressaltar a importância social da data para fazer a sociedade refletir sobre a inclusão do negro.
- Os negros fazem parte desta sociedade, pagam impostos e produzem riquezas, portanto, assim com o os pomeranos festejam o dia 25 de julho e 31 de outubro (por mérito), nós também queremos ter o dia da Consciência Negra – pondera.
Enquete:
Canguçu possui 5 feriados municipais. Você considera excessivo este número?

Para marcar a data, a Prefeitura organiza uma festa na Comunidade Quilombola Potreiro Grande, 2º Distrito, que contará com a participação dos 13 grupos quilombolas do município, apresentações teatrais, dança e roda de capoeira. O objetivo é homenagear Zumbi dos Palmares, um dos principais representantes da resistência à escravidão durante o Brasil Colônia e líder do Quilombo dos Palmares.
Canguçu é um dos 500 municípios que transformaram a data em feriado. Atualmente, tramita uma emenda no Congresso Nacional solicitando que o dia 20 de novembro se torne um feriado para todo o Brasil.
- Temos a certeza que vai virar lei. Ninguém vai ficar pobre se fechar o comércio por um dia – aposta Santos.
Sobre a situação no município de Canguçu, o representante da ONG foi direto ao avaliar a inclusão do negro hoje. Para ele, é muito mais fácil encontrar negros trabalhando no recolhimento do lixo, cozinhas e lavanderias do que em consultórios médicos ou até mesmo na Prefeitura.
Além disso, o líder lamenta o fato de, mais uma vez, a Câmara de Vereadores não ter eleito sequer um negro, apesar das 15 vagas disponíveis. O descontentamento muda de tom quando ele lembra com expectativa de que a Secretaria de Educação deverá ser comandada pela historiadora Ledeci Coutinho a partir de janeiro de 2013. Ela deve ser confirmada para ocupar o cargo no governo do prefeito eleito Gerson Nunes (PT).


Confira a entrevista concedida por Elton Santos a Canguçu On Line:

Hoje, qual é tua participação no movimento quilombola em Canguçu?
Sou um dos fundadores da ONG CIEM e fui o primeiro presidente da ONG. Participei da plenária Nacional e da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial em Brasília em 2009, fui assessor de etnias, e atualmente faço parte da diretoria da ONG como assessor de comunicação.

De que forma tu analisas a inclusão do negro no mercado de trabalho e na comunidade em Canguçu?
“Muito simples responder: basta um giro pelo comércio, pela Prefeitura, pela Câmara de Vereadores, consultórios médicos, farmácias, escritórios, bancos, e ver quantos negros temos nestes espaços de trabalho. Depois, basta observar as construções, o recolhimento do lixo, o ponto de chapa, as cozinhas e lavanderias, por exemplo. Com pequenas exceções, terás a resposta para esta pergunta. Mas nós temos a certeza de que vamos mudar isto, através da Educação, por isso, defendemos a lei das cotas nas universidades e a lei 10.639/200, da implementação das diretrizes curriculares no Plano Nacional da Educação Étnico- Racial.”

O feriado da Consciência Negra é o quinto em âmbito municipal. Ele foi criado em 2010 e gerou grande resistência entre os comerciantes por ser mais um dia de portas fechadas. Na tua avaliação, esta resistência por parte dos comerciantes é puramente pelo impacto financeiro ou por uma possível “desvalorização” do negro ainda hoje?
“Eu entendo que os comerciantes tenham prejuízos, e pagam carga alta de impostos, mas os negros fazem parte desta sociedade e também pagam impostos e produzem riquezas. Portanto, assim com os pomeranos festejam o dia 25 de julho e 31 de outubro (por mérito), nós também queremos ter o Dia da Consciência Negra, em homenagem a Zumbi de Palmares. De uma forma igualitária queremos fazer parte da sociedade, elevar a auto-estima dos negros, e também valorizar e preservar nossa cultura e tradições . Os comerciantes reclamam dos feriados, mas é só ir em Rio Branco (no Uruguai) em um desses feriados ou em domingos, que podemos presenciar vários fazendo compras. Aos sábados a tarde é só ir nos mercados em Pelotas para ver a mesma situação. Isto também é evasão de divisas.”

No dia do Colono e Motorista, por exemplo, há intensa participação dos comerciantes na festa ocorrida no interior do município. As lojas são fechadas sem qualquer resistência. Qual a relação entre as datas?“Gostaria muito de ver na nossa festa estandes de loja do comércio local, mas aproveito para convidar os comerciantes e o povo em geral para prestigiarem a festa da Consciência Negra no Potreiro Grande.”

Qual a importância de ver o comércio respeitar a data e paralisar o serviço no feriado?No Brasil, existem mais de 500 municípios que têm esta data como feriado municipal. Está tramitando no Congresso Nacional uma emenda para que o dia 20 de novembro seja decretado feriado nacional, e temos a certeza de que vai virar lei. Ninguém vai ficar pobre se fechar o comércio por um dia e, se perguntarmos nas ruas, todos são unânimes ao dizer que não existe mais racismo. Esta, com certeza, é uma grande oportunidade para os comerciantes mostrarem que no seu comércio não existe racismo, e no dia 21 negros e brancos estarão lá para fazer compras.”

Como está estruturado o movimento negro no município?Hoje existem 13 comunidades quilombolas organizadas em Canguçu. A ONG CIEM existe graça a união de todas, e trabalhamos incansavelmente pelos nossos direitos. O Brasil possui uma dívida histórica com o povo negro. Pelo caminho encontramos muitas pessoas que contribuíram com nossa luta, a começar pelo Tio Bito, que foi o primeiro negro de Canguçu a formar um quilombo; o vereador Wendel Vilela, autor do projeto de lei do feriado; o vereador Ubiratan Rodrigues pela idealização do Prêmio Miné; o vereador Gerson Nunes, que assinou todos os estatutos das comunidades; a Secretaria de Cultura. Os colaboradores Dario Neutling, Ângela Vargas, Mario, Formiga, e todos os presidentes e ex-presidentes das 13 comunidades quilombolas, que ajudaram para o alcance de várias vitórias em nossa caminhada, embora saibamos que ainda há muito a ser conquistado.”

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

domingo, 28 de outubro de 2012

20 De NOVEMBRO - FERIADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Em breve vamos divulgar toda a programação de mais evento da consciência negra, este ano alem do premio Miné, realizado pela camara de vereadores, teremos três dias e evento e festividades. A principio sera no dia 14 de novembro a escolha da beleza negra, e dia dezenove de novembro uma noite de consciência negra com palestras e filmes sobre o movimento negro municipal e regional, e dia vinte de novembro FERIADO  O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA com festa no quilombo do Potreiro Grande durante todo o dia, com churrasco ao meia dia  e diversas presentações culturais e jogos , musicas, durante o evento.

terminado o período eleitoral aqui em Canguçu, e hora de juntarmos o que sobrou, e avaliar, temos muito o que analisar enquanto movimento quilombola, o que estamos fazendo de certo e onde precisamos melhorar, uma coisa e certa, estamos ainda muito longe de " consciência negra"  nossos oito candidatos estiveram muito longe de ser eleitos, e temos potencial para eleger mais de um candidato, mas não e hora de lamentações, e sim de agradecer a cada candidato que se expos a colocar seu nome a julgamento não por si só mas sim em nome de todo um movimento negro aqui de Canguçu. com certeza e apenas um ciclo que se encerra , na próxima estaremos mais forte e com certeza elegeremos o primeiro negro a nos representar na camará de vereadores , esta cidade que evolui mas ainda precisamos de uma melhor representatividade, pois não temos mulher também eleita , e como podemos ser uma camará bem democrática e representativa se não tivermos todos os segmentos e gêneros  a nos representar. por fim para nos negros fica o aprendizado de o quanto não podemos confiar em certas raposas que usam os projetos  e dinheiro federal para se eleger com o voto dos quilombolas.

   Elton santos

13 de Maio: A Revolução Abolicionista

Mário Maestri - Publicado em Terça, 15 Maio 2012 19:42
Em 13 de maio, cumpriu-se mais um natalício da Abolição. O Brasil foi uma das primeiras nações americanas a instituir e a última a abolir o cativeiro. Dos nossos 512 anos de história, mais de 350 passaram-se sob o látego do negreiro. Essa herança pesa-nos até hoje.

A Abolição, no passado efeméride excelente, atualmente é da quase execrada. Sua crítica é feita comumente por aqueles que lembram a miséria passada e atual de importantes segmentos da população negra. Apesar de bem-intencionada, essa visão retoma e consolida visões caricaturais e paternalistas do 13 de Maio e nega a essência revolucionária da Abolição.
A população negra pobre festejou sempre com carinho o 13 de Maio, compreendendo a importância daquele sucesso maior da história popular brasileira. Celebrar o 13 de Maio não significa reafirmar os mitos da emancipação social do negro, em 1888, ou de Isabel, como Redentora. Significa recuperar a importância da superação da ordem negreira e da participação dos cativos como agentes essenciais do nosso passado.
Não há sentido em antepor Palmares ao 13 de Maio. Apesar de saga luminar, a epopeia palmarina foi derrotada e jamais propôs – e não poderia ter proposto – a destruição da escravidão como um todo. A revolução abolicionista foi vitoriosa e superou para sempre o cativeiro.
Estudos hoje já clássicos apresentam a Abolição, em seu tempo conjuntural, como produto do abandono maciço pelos cativos das fazendas cafeicultoras nos meses finais da escravidão, reivindicando relações contratuais de trabalho. A destruição do regime negreiro deveu-se à ação da massa escravizada, aliada aos abolicionistas radicalizados, em movimento de enorme tensão política e social.
Com a desorganização da produção pela sublevação servil, os negreiros, rendidos, passaram a reivindicar apenas a indenização da 'propriedade' perdida. Em 13 de maio, a herdeira imperial somente sancionou a chamada Lei Áurea, aprovada pelo Parlamento, registrando o óbito de instituição em agonia. Nos 66 anos anteriores, os Braganças haviam defendido com unhas e dentes o cativeiro.
Mesmo tardiamente no Brasil, foi a ação estrutural dos escravizados, durante os três séculos de escravidão, que permitiu a destruição da instituição. A oposição permanente do cativo ao trabalho feitorizado impôs limites insuperáveis ao desenvolvimento tecnológico e determinou altos gastos de vigilância e de coerção, abrindo espaço para formas de produção superiores.
Em 1888, a revolução abolicionista destruiu o modo de produção escravista colonial que, por mais de 300 anos, ordenara a sociedade brasileira. Negar essa realidade devido às condições econômicas, de ontem e de hoje, de boa parte da população negra, é compreender o passado com ideias simplistas, moralizadoras e a-históricas.
Os limites da Abolição eram objetivos. Nos últimos anos do cativeiro, os trabalhadores escravizados, classe em declínio, lutavam sobretudo pela conquista de direitos civis mínimos, reivindicação que uniu os cativos rurais e os já pouco escravizados urbanos. Em 1888, uns 700 mil homens, mulheres, jovens e crianças escravizados ou ventre-livres, obtiveram os direitos civis elementares.
Com a Abolição, os trabalhadores superaram a distinção entre livres e cativos, iniciando-se a história da classe operária e da cidadania brasileira, como a compreendemos hoje. A revolução abolicionista foi o primeiro grande movimento de massas moderno e a única revolução social vitoriosa do Brasil, até hoje. Os limites da revolução abolicionista eram históricos e esperavam sua conclusão social atual.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Parabéns Helen C. Gomes



                A ONG CIEM Parabeniza a Nossa Quilombola Helem, por esta importante vitoria, que o seu esforço e dedicação sirva de inspiração para todos nossos jovens quilombolas. obrigado por nos orgulhar, obrigado a sua família. Parabéns

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Candidatos a Vereador Negros de Canguçu


                  O trabalho de conscientização, de valorização da raça negra, o conhecimento de sua verdadeira História, de auto-estima, de organização dos quilombos que a ONG CIEM, vem a longos anos realizando aqui em Canguçu, começa a dar resultado, prova disso são os inúmeros candidatos negros a vereador este ano em nosso município. O Dia consciência negra, feriado Municipal, escolha da beleza negra, grupo de dança, varias atividades vem inserindo o negro na sociedade de uma forma igualitária, e de uma forma natural o negro vem ocupando seu espaço, e agora na política temos vários candidatos, confira nossos candidatos e vote.







continuaremos a postar os demais candidatos negros...


                           

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Governador Tarso Genro em Canguçu

governador do estado estará presente na entrega dos quase 3.000 benefícios


Nesta sexta-feira (27), acontece no Cine Teatro o ato de entrega de 2.966 cartões Emergência Rural, destes 264 para Quilombolas A solenidade está marcada para as 15h30 e contará com as presenças de Tarso Genro e do secretário do desenvolvimento rural, pesca e cooperativismo Ivan Pavan. 
 
O benefício totaliza R$ 1,251, destinados a Canguçu. Quilombolas e assentados terão direito a R$ 500,00 por família, enquanto agricultores familiares terão R$ 400,00 por família. 
 
Essas quantias estarão disponíveis em parcelas únicas, para que os beneficiados possam adquirir sementes, insumos agrícolas, alimentos e outros gêneros de primeira necessidade, além de alimentação para os animais. 
 
A partir do dia 1º de agosto, os agricultores também poderão retirar seus cartões e senhas nos sindicatos ou entidades em que forem previamente cadastrados, basta levar documento de identidade para identificação. 
 
Além de Canguçu, mais 11 municípios da região sul que fazem parte do Corede (Conselho regional de Desenvolvimento) também serão beneficiados pelos cartões. A quantia liberada tem por objetivo alavancar e recuperar os negócios dos beneficiados do Programa de Emergencial de Manutenção e Apoio à Agricultura Familiar. 

 fonte: Canguçu online

Confira também:

terça-feira, 10 de julho de 2012

Candidatos a Vereador quilombolas


                                  Quando fui convidado para uma reunião na localidade da Favila, que por acaso e a terra natal de meus familiares, eu nunca tinha ouvido falar em "QUILOMBOLAS", a partir deste momento, me engajei na luta do povo negro, e com ajuda de vários amigos há seis anos criamos a ONG CIEM, e organizamos varias reuniões, seminários, plenárias, e doze associações Comunitárias quilombolas, todas organizadas com estatuto, CNPJ, e certidão de auto definição pela Fundação Palmares, andei juntamente com lideranças quilombolas por todo País, são Paulo, Brasília, Porto Alegre, sempre atento para conhecer mais sobre o povo negro, fiz varias palestras em escolas municipais, Estaduais, e Universidade federal (FURG), apoiei grupos de danças afro, e fui juntamente com o grupo de Dança da Escola Francisco Meireles ate Caxias do Sul, numa linda apresentação que encantou a todos, grato a professora Ingrid. Sempre nesta caminhada há vários anos, levando a todos os quilombolas que agora e o momento de ser os protagonistas de nossa Historia e deixar de ser coadjuvantes, que temos que nos inserir na sociedade de uma forma igualitária, e principalmente conhecer nossa rica historia e nossa cultura, para poder planejar nosso futuro e fazer parte dele, e atuar em todas as esferas. e por isso minha felicidade e de todos que fizeram e fazem parte desta historia, que este ano temos dois candidatos quilombolas. E quatro ou mais candidatos negros a vereador nesta eleição de 2012.
                             Na próxima semana a relação completa de nossos candidatos

     Elton Santos – assessor especial de comunicação                         

Depois de um período sem novas postagens, estamos voltando a postar, pois temos enfim boas noticias

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Discriminação racial no Brasil ainda é forte


Um dia após a data em que se comemora a Abolição da Escravatura no Brasil, 13 de maio, o senador Paulo Paim lembrou em plenário, nesta segunda-feira (14/05), a importância, a coragem e o massacre do grupo de escravos conhecido como Lanceiros Negros, que tiveram participação destacada na Revolução Farroupilha, que movimentou o Rio Grande do Sul ainda durante o Império. O batalhão, formado exclusivamente por negros cuja única arma eram lanças, foi massacrado em 14 de novembro de 1844, num episódio histórico que ficou conhecido como “A Surpresa dos Porongos” – hoje município de Pinheiro Machado.

A Revolução Farroupilha começou em 1835 prometendo dar liberdade aos escravos que lutassem a seu favor. Segundo Paim, o batalhão dos lanceiros compôs o verdadeiro grupamento de heróis da Guerra dos Farrapos. “Lembro aqui que nós, brasileiros, não sabemos sequer o nome dos lanceiros negros”, lamentou.

“No final de 1844, já há 9 anos em guerra, a província desgastada, a guerra parecia perdida. Com o intuito de dar um fim ao conflito, na madrugada de 14 de novembro, foi dada a ordem pelo poder imperial para que tirassem as armas dos escravos negros. O argumento era o medo de que esses se rebelassem, exigindo o fim da escravidão. Assim, por volta das duas horas da madrugada, as tropas imperiais entraram no campo de Porongos e o corpo dos lanceiros negros, desprotegido, foi então dizimado”, recordou.

O senador gaúcho aproveitou também a “comemoração” da abolição para lembrar que, embora muito esperada e comemorada com alegria, a libertação dos escravos não foi capaz de por fim de fato à escravidão. “Nós estamos vivendo, há 124 anos, a abolição da escravatura não conclusa, tanto que o Supremo Tribunal Federal somente agora, agora, nos últimos dias, aprovou a possibilidade de os negros terem direito a quotas para chegarem a uma universidade. Passados 124 anos, nossa realidade mostra que a população negra continua sofrendo as consequências da escravidão”, disse.

Munido de dados de pesquisas, Paim argumentou que ainda é forte a chamada “discriminação racial na sociedade brasileira”. Segundo ele, essa discriminação é o que determina diferentes padrões de atendimento e tratamento, por exemplo, de saúde, educação e segurança da população negra.

“O risco de morte por desnutrição é, por exemplo, para o negro, 90% maior do que para aqueles que não são negros. Fonte: Ministério da Saúde. A chance de morrer por tuberculose entre adultos é 70% maior do que para aqueles que não são negros. A Organização Mundial da Saúde recomenda, no mínimo, seis consultas de pré-natal. Pois bem. As estatísticas mostram que o índice de mulheres que passam por mais de seis consultas no pré-natal é de 62% entre mães de nascidos vivos que não são negros e de apenas 37% entre as mulheres negras. Ou seja, 62% de mulheres que não são negras fazem os exames seis vezes e as mulheres negras, 37%, praticamente a metade.
A mortalidade de crianças negras até o quinto ano de vida é de 36 por mil, diminuindo para 28 por mil se se tratar de crianças que não são negras”, relatou.

E concluiu, afirmando que, mesmo passados 124 anos da Abolição, a taxa de pobreza entre negros é bem mais alta que entre aqueles que não são negros. A diferença também vale para a taxa de analfabetismo no Brasil, que é 50% maior entre os negros.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Festa Quilombola do Potreiro Grande

 Festa segundo o dicionário e uma reunião de pessoas com fins recreativos, mas uma festa quilombola e muito mais que fins recreativos, e um momento de celebração, onde quilombolas de todas as regiões do município de Canguçu e região celebram a inserção do negro na sociedade de uma forma igualitária, celebram alegria do negro, a união e integração dos quilombos, a caminhada no rumo certo dos ideais quilombolas, 
                                                                                                Elton Santos



 
 
 Fotos da festa do quilombo Potreiro Grande

sábado, 24 de março de 2012

Cinco evidências da negritude de Jesus